Neuromarketing - O que é?

Neuromarketing é uma área recente no universo do marketing empresarial (Domingues) e algumas pessoas pensam que serve para levar a comprar, mas não (Stephen et al, 2013).

Utiliza métodos e técnicas como a antropologia, psicologia e neurociência para compreender o comportamento humano e quais são as suas motivações e impulsos em todo o processo de compra (Santana).  

Surgiu da necessidade de se entender quais são as verdadeiras motivações do comportamento do consumidor, tentando identificar qual a atividade cerebral que está envolvida neste processo (Santana).

O neuromarketing tenta responder a várias questões como por exemplo: Como é que uma empresa deve gastar o seu orçamento de publicidade e marketing para comunicar o seu valor aos seus clientes? (Stephen et al, 2013)


Foi na década de 90 que se começaram a realizar estudos de mercado que se baseavam em características fisiológicas ou de comportamento. Mas só a partir de 2010 é que esta área – o neuromarketing – começou a ganhar alguma popularidade (Domingues).

 

O neuromarketing traz algumas técnicas e insights muito poderosos (Stephen et al, 2013).

Sérgio Domingues, explica no seu e-book de neuromarketing (ver referências), que é necessário ter em conta algumas variáveis para alcançar uma boa estratégia de marketing que englobe esta nova neurociência como por exemplo:

- Atrair e chamar a atenção sobre o produto/serviço

- Gerar engagement através de uma mobilização emotiva do público-alvo

- Incentivar a memorização dos benefícios e importância do produto

Podemos também falar dos objetivos desta nova neurociência que podem passar pela previsão do comportamento do consumidor com base em estudos científicos, conhecer quais são as suas reais necessidades para ajustar as estratégias de marketing ou conhecer como o sistema nervoso humano recebe, codifica, armazena e recupera informações de estímulos (Santana).

 

Os nossos cérebros são atraídos tanto pelo novo quanto pelo familiar e preferem a
simplicidade a algo mais complexo (Stephen et al, 2013).
“Sabemos hoje que 95% das tomadas de decisão diárias de um indivíduo são de motivação
inconsciente” (Santana) e é por isto que, a meu ver, o neuromarketing tem tanta importância. 
O ser humano não tem muita consiência do porquê de algumas das suas ações. Quando são
questionados sobre o que comprarão, a maioria das respostas são suposições do que
pensam que vão adquirir ou de como vão agir. O intuito não é enganar quem está a fazer a
pesquisa, o que acontece é que as pesoas não têm consciência das razões das suas ações
no processo da compra (Stephen et al, 2013).
 
“Uma das bases do Neuromarketing é entender que o que as pessoas dizem, é diferente do
que elas pensam e da forma como elas agem” (Santana)

Resumindo, o neuromarketing permite-nos entender o que está a acontecer no cérebro do
consumidor (e como reage) enquanto este experimenta um estímulo de marketing e pode
dizer-nos como o cérebro traduz as reações em decisões e comportamentos de consumo
(Stephen et al, 2013).
 

 

 

Referências:

Domingues, Sérgio. (s.d.). Neuromarketing . Entendendo o funcionamento do cérebro e criando um diferencial nas estratégias de marketing. E-book.

Santana, Regina. (s.d.). Neuromarketing - O cérebro decisor. E-book, www.reginasantana.com.

Stephen J. Genco, Andrew P. Pohlmann and Peter Steidl (2013). Neuromarketing for dummies. Mississauga: John Wiley & Sons Canada, Ltd.

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